
cueillete - Michel Rauscher
Ser gente é uma coisa estranha! Não sei se é ser gente simplesmente ou se é o "querer ser gente" que nos faz assim sonhadores, verdadeiros arqueologos à procura cuidadosa de vestigios de humanidade, fosseis de verdade, migalhas de companhia...
Que grande invenção foi essa de SER ser humano? Não! Isso é uma engenhoca sem o menor planejamento, e o pior, com a exclusiva utilidade de fazer crescer teias de aranha.
Dentre todos os mecanismos falidos dessa geringonça, acho que aquele que funciona tentando enviar ilusões para a Solidão é o mais problematico de todos. O ser humano é sozinho, e passa a vida inteira ludibriando a Solidão, acreditando que isso é condição para uns pobres coitados...
Não funciona, não funciona... qual o contrario de Solidão? Companhia? Muito pouco! Companhia é muito pouco para a devastadora Solidão... seria bonito assumirmos nossa condição, mas essa consciência plena é muito além do que a maquina do corpo pode aguentar.
E é bem assim que a gente funciona: remando num barco sozinho, se contentando com a beleza das pétalas das flores que caem por perto e sonhando com as que ainda não se aproximaram.
2 comentários:
iihh...concordo contigo...não há mesmo uma palavra.... é pq é realmente impossível contrariá-la...
fazer o q, né? é da condição humana ^^
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